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Nova variante do coronavírus, mais transmissível, é identificada no Brasil

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A nova variante do Sars-CoV-2, potencialmente mais transmissível que a versão atual, detectada na Inglaterra e em diversos países da Europa e da Ásia, acaba de ser identificada no Brasil. A informação foi divulgada nesta quinta pela Dasa, líder brasileira em medicina diagnóstica, que fez a identificação. A empresa diz que já comunicou a descoberta ao Instituto Adolfo Lutz e à Vigilância Sanitária. 

Segundo o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), estima-se que nova linhagem tenha uma transmissibilidade até 70% superior ao que se tem como parâmetros atualmente. Mas não indícios de que ela seja mais letal.

As agências de saúde, especialistas e autoridades científicas do Reino Unido afirmam, porém, que tal linhagem não deve afetar a eficácia das vacinas que foram desenvolvidas contra a Covid-19.

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Segundo a Dasa, o estudo que levou à detecção da variante no Brasil começou logo após o Reino Unido ter anunciado a detecção da nova linhagem em 13 de dezembro último. A variante se caracteriza por apresentar grande número de mutações, oito delas ocorrendo na proteína da espícula viral (spike). 

Foram analisadas 400 amostras de RT-PCR de saliva, método que identifica três alvos distintos e não apenas o gene S, da proteína spike, e dentre elas, duas amostras apresentaram a linhagem B.1.1.7.

- A spike é a proteína que o vírus usa para se ligar à célula humana e, portanto, alterações nela podem tornar o vírus mais infeccioso. Os cientistas ingleses acreditam que seja essa a base de sua maior transmissibilidade - explica o virologista da Dasa, José Eduardo Levi.

A confirmação da cepa em dois pacientes foi feita por meio de sequenciamento genético realizado em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IMT-FMUSP).

Mutações em vírus são normais. Por isso, já eram esperadas alterações no RNA (material genético) do Sars-CoV-2. Hoje, no Reino Unido, a nova linhagem B.1.1.7 já representa mais de 50% dos novos casos diagnosticados, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde).

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